Minhas aventuras na escrita de poemas.....
- revolucaoemluz
- 16 de set.
- 2 min de leitura
Em tempos muito distantes tentei me aventurar em escrever poesias... desvaneios em que tentei expressar sentimentos então novos...
Como esse site é uma garrafa lançada ao oceano, fica aqui o registro dessas tentativas....
Ecos do Silêncio (set/03)
Caminhando vagarosamente,
Se defronta o Trovador soturno,
com um contentamento pungente
de surdos mudos moribundos.
Alhures na mansuetude da taciturna
pilhéria, irrompe uma altiva
voz. Revigora trovas noturnas,
de tempos de uma cavalaria vivaz
E na sutileza dos murmúrios abafados,
na beleza dos sons insensíveis,
O silêncio nos lábios amordaçados,
Ecoa naquelas almas sofridas
A magnitude da vida do homem,
o eterno silêncio impossível...
Tuco (Victor Barau)
(Amor Platônico- out/2003)
Quem és? - perguntou uma voz
titubeante. E numa grande euforia,
a carrasca cheia de luz e alegria,
se apresenta como sua algoz.
Eis que surge uma bela dama
adornada num esplendoroso
brilho. E num lance caloroso
se mostra nua numa cama.
Seu corpo, sua tez leve e suave
sacia a fantasia daquele ser
moribundo, consumindo-o de paixão.
E ao homem, resta apenas convalecer
naquela escura e funda concavidade
onde reluz a crueldade de Platão.
O Eterno Instante (out/02)
Há momentos em que o destino
parece ignorar a sensibilidade e a razão.
Sentimos um alento devastador.
Tomamos atitudes impensadas
que nos deixam insensíveis, desnorteados...
Amores surgem e são desapercebidos...
Amizades fenecem e reaparecem...
Uma vida insana em que nada parece fazer sentido,
Onde o que não se faz é viver.
A vida não é uma encruzilhada sem saída
A arte de viver está na eterna busca de um motivo:
Motivo de viver, motivo de amar, motivo de ser
Sem nunca compreender a complexidade da vida
Viver para ter o prazer
de Sentir o tempo parar
ao seu beo prazer
e admirar a vida passada,
presente, futura....
É viver riscos, é não ter medo de se machucar
Pois qual seria a graça da vida evitando as emoções?
É o risco de amar, sofrer, chorar...
É poder dizer que a vida
pode resumir-se num segundo
Mas esse segundo ser tão pleno
Que é muito maior
que uma longa vida vazia
Mas quase que a insensatez cotidiana
Cega a compreensão da beleza de saber
Que por mais difícil que um caminho possa parecer
Viver é o menor dos riscos
Tuco (Victor Barau)
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